Thursday, August 21, 2008

Eric Gill e suas bizarrices sexuais

Lembra do tipo Gill Sans? Claro que lembra...



Ele foi criado pelo escultor Eric Gill, que além de um gênio do design, também era um depravado de marca maior: segundo seu biógrafo, Gill fazia sexo com suas filhas, suas irmãs, e com o cachorro da casa.

Use essa font com muito cuidado. Muito. Cuidado.

Wednesday, August 13, 2008

"Projeto Gráfico: Teoria e Prática da Diagramação" de Antônio Celso Collaro

Tive recentemente a oportunidade de adquirir o precioso volume "Projeto Gráfico: Teoria e Prática da Diagramação", de Antônio Celso Collaro. É um manual prático bastante detalhado sobre a complexa e maravilhosa arte da diagramação de páginas. O livro é antigo, mas já foi revisado várias vezes pelo autor, e já fala de diagramação digital, mas sempre fundamentado nos conhecimentos quase imemoriais que culminaram no desktop publishing.

Acho importante ter esse tipo de conhecimento porque, muitas vezes, os jovens que aprenderam que é chique ser designer porque você pode usar computadores branquinhos e caríssimos, perdem a noção de valor e não sabem apreciar o verdadeiro milagre que estão presenciando. Hoje em dia todo mundo acha muito banal aumentar o tamanho de uma "font", mas será que era assim tão simples 50 anos atrás?

O problema é que, no computador, é "fácil" e "rápido" mudar as coisas, e isso provoca uma insegurança no cliente. O mesmo vale para a edição de filmes ou de sons. A possibilidade de colocar e tirar filtros e efeitos, a facilidade com que se troca uma font ou se altera uma margem - essa liberdade toda tornou o trabalho artístico muito mais aleatório e experimental do que deveria ser. É claro que isso tem seu lado bom, mas o lado perverso é muito mais próximo do nosso cotidiano.

É o caso do produtor gráfico que nunca sabe direito de que tamanho ele quer uma font, ou então do designer que usa cinco, nove, quinze tipos diferentes no mesmo trabalho. Aumenta daqui, diminui dali, coloca preto e branco, mexe no contraste... ao invés de um maestro conduzindo uma linda sinfonia, os designers e clientes de hoje em dia mais parecem uma criança de 4 anos descobrindo um tecladinho Casio, querendo apertar em todos os botões e produzindo uma cacofonia de sons completamente desconexos, que só divertem a ela própria.

Livros como o de Collaro ajudam o designer sério a compreender melhor a estrutura fundamental de seu trabalho, e permitem distanciar as pessoas que realmente se importam com essa profissão daqueles aventureiros que só querem saber de comprar o Mac mais caro do mercado e fazer cursinhos de como fazer máscaras de cabelo no Photoshop. Para ler e reler a vida toda.